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domingo, 20 de maio de 2012

O BÁCULO E O CETRO: a questão religiosa.

O BÁCULO E O CETRO: a questão religiosa
Considerada muitas vezes uma questão menor, sem importância. a chamada questão religiosa, ao contrario, evidenciou uma série de tensões que estava presentes na sociedade do segundo Reinado, contribuindo decisivamente para um certo desencantamento com a forma monárquica de governo.
    Aparentemente, um conflito de jurisdição entre alguns bispos e o poder civil, logo após o desgaste ocasionado pela guerra do Paraguai.
    Sobretudo num mundo crescentemente secularizado, trouxe à tona as dificuldades do relacionamento, pautado em princípios ainda herdados dos tempos coloniais entre a Igreja e a Coroa. O desprestigio da Igreja no Brasil era crescente.
    Por força da manutenção do padroado na constituição de 1824, aquela permaneceu estreitamente dependente do poder civil, garantindo, ao mesmo tempo, o predomínio da politica regalista, que tendia  a considerar a religião um assunto do Estado.
Neste momento a Igreja passa por vários problemas, entre eles é cristianização superficial da população, que continuava a praticar uma religião exterior voltada para o cumprimento dos ritos.
    Em 1850, há uma preocupação das autoridade religiosa em  geral preparadas de acordo com normas mais estritas do que o clero em geral, de questionar tal estado de coisa  e de promover uma reforma eclesiástica e das praticas religiosa dos fieis. Ao adotarem essa atitude, identificaram-se com orientações emanadas de Roma, opondo-se ao regalismo dominante (também chamado de galicanismo)
“neste momento na Itália o movimento de afirmação nacional, é tipicamente liberal” natalino
    Havia republicano, com Mazzini, e exaltados liberais radicais, com Garibaldi, que se organizaram por meio de sociedades secretas, de inspiração maçônica, ou carbonários. Este ultimo, que lutara do lado dos farrapos do Rio Grande do Sul, chegou a fazer em1860 e 1867, três tentativas de tomar Roma com milícias que organizara.
    Embora os Estados da Igreja tenha ficado protegidos por tropas francesas, Pio IX 1846-1878 sentiu-se completamente ameaçado e revidou, opondo-se qualquer acordo  com o Piemonte e procurando reafirmar sua autoridade. Através da bula Quanta Cura e o  Syllabus 1864, que a acompanhava o pontífice considerou o Liberalismo um erro e reafirmou a tradicional posição da Igreja como autoridade suprema sobre a sociedade.
No ano seguinte, em alocução, condenou fortemente a maçonaria, mesmo nos países que o poder civil admitia. Em 1869,reuniu o I concilio Vaticano, do qual resultou, em 1870. A proclamação  da infalibilidade papal em matéria de dogma. Neste momento as tropas francesas tem que se retirar devido a guerra Franco-Prussiana. O Piemonte aproveitando faz de Roma a capital da Itália Pio, recusando as garantias que lhe fora oferecida preferiu considerar-se prisioneiro no Vaticano.
    Tais acontecimentos não poderiam deixar de abalar profundamente os católicos em especial aqueles mais afinados com a postura ultramontana.
    Neste momento, no Brasil frei Vital  é escolhido pelo imperador  Pedro II, bispo de Olinda, indicação confirmada pelo papa no ano seguinte.
    Depois de se sagrasse em São Paulo, foi para Pernambuco em maio se 1872. A província tinha a tradição de rebeldia que datava das guerras contra holandeses no século XVII, cuja a chama fora mantida pelas revoltas de 1817 e 1824 e pela chamada rebelião Praieira, de 1848, todas de inspiração liberal.
    A elite pernambucana, como, aliais, a do resto do Brasil, tendia a encontrar na maçonaria um espaço de reunião e discursão de ideias, mas não se mostrava hostil a religião tradicional congregando inúmeros eclesiásticos. Em 1866, novamente instituída a Companhia de Jesus pelo papa em 1814, chegaram a Pernambuco os primeiros jesuítas, o que provocou protestos na imprensa regalista, inclusive da parte de clérigos.
    Com a implantação da diretrizes ultramonas houve alguns episódios de confrontação além disso nas províncias começaram a aparecer missionários protestantes distribuindo Bíblias e folhetos, os mesmos foram classificados por deão Farias com emissários de satanás, estavam pervertendo a fé católica, corrompendo amoral evangélica, insultando a religião do Estado e minando os alicerces da sociedade.
    De fato como argumenta o mencionado autor, há uma serie de evidencias que apontam a atividade dos protestantes no Brasil desta época como um fator importante para compreender a questão religiosa.
    A constituição de 1824, embora reconhecesse o catolicismo como religião de Estado, concedia a liberdade de culto, desde que praticado em local privado, sem aparência exterior de templo para atender em particular aos comerciantes estrangeiros no país. No entanto a imigração alemã para o sul do Pais criou novos problemas o mais importantes dos quais era o casamento, uma vez que a legislação só reconhecia o casamento religioso, realizado perante um sacerdócio católico.
    Com a introdução de colonos do norte da Europa, brancos e protestantes. Tavares Bastos 1839-1875, amigos dos missionários protestantes no Brasil, por exemplo, escreveu em 1861 que os males do país decorriam da herança portuguesa, caracterizada para “simonia, ignorância e brutalidade do clero” pelo rei beato e corrupto pelo fato de que a classe industriosa, ou raça hebraica tinha sido perseguida em vez de protegida e pela dependência em que  Portugal estava do maior foco da peste moral nesse tempo, a corte de Roma
    O liberalismo,  o protestantismo e a maçonaria tornavam-se em sua percepção, manifestações de um mesmo complô para desprestigiar e, talvez, ameaçar a própria sobrevivência da Igreja. Nesse clima crescia a intolerância de parte a parte.
    Dois meses antes de dom Vital tomar posse da Sé de Olinda, em março de 1872, o Grande Oriente do Lavradio, loja maçônica no Rio de Janeiro, organizou uma sessão de homenagem ao seu grão-mestre, o visconde do Rio Branco, então presidente do Conselho de Ministros, para celebrar a assinatura da Lei do Ventre Livre, em setembro de 1871, entre eles estava o padre Almeida Martins.
    Assim quando dom Vital assumiu seu episcopado em Pernambuco, havia grande tensão no ar., tanto que em sua posse a imprensa que era ligada a maçonaria não demonstrou maior entusiasmo.
    Começara então ao ataque pela imprensa tantos maçônicas como a jesuítica, defensores da religião verdadeira, é neste momento que, dom Vital tenta reorganizar a igreja trazendo mais para perto os católicos com a criação da união ortodoxa de Pernambuco onde passou doutrinar os religiosos em que depositavam confiança
Em 9 de novembro de 1872, A Verdade  uma serie de artigos do também protestante Laurence Bungener, intitulada Controvérsia evangélica: a perpetua virgindade de Maria em que defendia atese que depois do nascimento  virginal de Jesus, maria teve outro filhos, cujo pai era José.
    Era demais para dom Vital. Menos de duas semanas depois o bispo divulgava uma pastoral denunciando a aluvião de erros e heresias, propagada por uma imprensa ímpia assalariada pela seita tenebrosa que agora ousava ferir e ultrajar o que no catolicismo há de mais doce, mais suave, mais consolador a santíssima e imaculada Virgem Maria.
    Alguns dia antes em 27 de novembro, em um sermão dom Vital atacara a maçonaria, o próprio bispo exigiu que também as advertência se aplicavam a muitos filiados religiosos que estavam ligados à maçonaria, não obtendo resultados mandou que os vigários em 28 de dezembro admoestassem os irmãos maçom. Diante da resistência de algumas irmandades decidiu, em 19 de janeiro de 1873, lançar um interdito espiritual sobre duas capelas de associações. A essa altura os jornais maçônicos já tinha partidos para a campanha de difamação de dom Vital, em a Verdade, garantia que o bispo passava a maior parte de seu tempo fazendo unhas e penteando a barba e de frequentar com demasiada frequência os conventos femininos da cidade.
Em 1873, a policia invadiu a casa de um dos vereadores protestantes de Bíblias, em que se realizava um culto e proibiu novas atividade, a União , noticiou com sendo a descrença  na virgindade de  Maria e que pregavam sandices contra a religião católica. A partir daí os protestantes se aliaram aos maçons.
ESSE ESTUDO SEGUIRÁ MAIS ADIANTE, OBRIGADO.




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