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sábado, 1 de junho de 2019

Cromwell, Oliver (1599 - 1658)










foto: Archive Photos
Oliver Cromwell


Cromwell, Oliver (1599 - 1658)



                
Nascido em Huntingdon, próximo a Cambridge, no dia 25 de abril de 1599, Oliver Cromwell era descendente de uma família de pequenos proprietários de terra. Opôs-se ao rei Carlos I no Parlamento, onde esteve a partir de 1629, tornando-se um grande líder nos acontecimentos que levaram à Guerra Civil que durou de 1642 a 1648. Uma comissão especial, da qual era membro, processou e condenou o rei à morte.
Político, general e líder puritano, Cromwell reprimiu várias revoltas na Irlanda, mas soube ser compreensivo com os rebeldes escoceses, a quem também derrotou em 1649. As diferenças entre o Parlamento e o exército levaram Cromwell a fechar o Parlamento, passando a administrador da Inglaterra, Escócia e Irlanda entre 1653 e 1658, dentro de um sistema ditatorial. Sua política interna caracterizou-se pela tolerância religiosa e pelas inúmeras reformas administrativas. Com o respaldo da marinha e do exército, Cromwell usou sua política externa como suporte para a colonização e para o comércio inglês.
  Em 1654, o Parlamento foi dissolvido e, após um período de ditadura militar, foi oferecida a Cromwell a coroa. Depois de sua morte, no dia 3 de setembro de 1658, em Londres, seu filho Ricardo governou a Inglaterra até 1659, quando abdicou do trono.








ALGUNS  FATOS  DA  INGLATERRA



1534
- Henrique VIII, rei da Inglaterra, rompe com Roma e funda a Igreja Anglicana.
- O Parlamento inglês aprova um novo Ato de Supremacia, reforçando o poder de Henrique VIII.

1535
- Henrique VIII adquire o título de chefe supremo da igreja e o clero inglês repudia a autoridade do papa.

1555
- Henrique VIII adquire o título de chefe supremo da igreja e o clero inglês repudia a autoridade do papa.

1625
- No dia 27 de março, Carlos I é coroado rei da Inglaterra e da Escócia (até 1649), depois da morte de Jaime I (Jaime VI da Escócia).

1640
- Revolução Puritana na Inglaterra.

1649
- O Parlamento inglês acaba com a Câmara dos Lordes e com a monarquia. É instaurado um regime de soberania parlamentar.
- Execução de Carlos I da Inglaterra.

1650
- Em setembro, Oliver Cromwell vence os escoceses em Dunbar.

1685
- Com a morte de Carlos II, rei da Inglaterra, Escócia e Irlanda, assume o trono Jaime II (rei até 1688).

1688
- Revolução Gloriosa na Inglaterra.





A  REVOLUÇÃO  GLORIOSA



         Em meados do século XVI iniciou-se o processo de colonização. A expansão colonial e comercial Inglesa levou a um grande enriquecimento da burguesia enriquecimento burguês proporcionou o desenvolvimento do sistema capitalista em algumas cidades inglesas. No entretanto, os campos ingleses ainda viviam sob o regime de servidão.

         Essa contradição provocou alguns conflitos. De um lado estavam os senhores feudais, perdendo seus servos, que fugiam para as cidades, mas que tinham o apoio do Rei. De outro lado, a burguesia mercantil desejava a descentralização do poder e o aumento do poder do Parlamento Inglês, que era dividido em Câmara dos Lordes, composta pelos nobres e o clero e que tomava as principais decisões, e a Câmara dos Comuns, formada principalmente por burgueses.

         Os problemas começaram com a proclamação da Petição de Direitos, em 1628, que restringia o poder do Rei. Carlos I, Rei da Inglaterra, reagiu a Petição de Direitos e dissolveu o Parlamento, mas foi obrigado a reconvocá-lo em 1640, para obter recursos financeiro para combater uma Revolta na Escócia. O Parlamento, por sua vez, aprovou uma lei que proibia o Rei de dissolvê-lo. Carlos I reagiu novamente e ordenou a invasão do Parlamento, desencadeando uma terrível guerra civil, que durou de 1642 a 1649.

         Com a morte de Cromwell, seu filho Ricardo assumiu o poder. As agitações políticas aumentaram e Ricardo abandonou o poder em 1659. Em 1960, foi eleito um novo Parlamento, que entregou o governo a Carlos II (1660 – 1685), substituído por seu irmão Jaime II em 1685.

         Jaime II tomou uma série de medidas que desagradaram o Parlamento; este por sua vez, fez acordos com o genro de Jaime II, Guilherme de Orange, que acabou recebendo o trono em troca da promessa de respeitar o Parlamento.
        
O novo governo substituiu a monarquia absoluta pela Constitucional, na qual o Rei se comprometer a respeitar a declaração dos Direito. (Bill of Rights)

Guilerme de Orange invadiu Londres e assumiu o poder em 1689 e, segundo alguns historiadores, durante a invasão nenhuma gota de sangue foi derramada. Por este motivo, esse período ficou conhecido como Revolução Gloriosa.
              


A CIVILIZAÇÃO MESOPOTÂMICA


I - A CIVILIZAÇÃO MESOPOTÂMICA

A Mesopotâmia é uma região histórica do Oriente Médio (Ásia), incluída no Iraque  e banhada pelos rios: Tigre e Eufrates. A palavra mesopotâmia, em grego, significa região entre rios. Estendendo-se desde o Deserto da Síria , a N.O,até as margens do Golfo Pérsico, a S.E., compreende duas áreas distintas:
1.   O Planalto ou Alta Mesopotâmia , de constituição geológica complexa, onde predominam formas muito eruditas;
2.   A Planície  ou Baixa Mesopotâmia , de origem rudimentar recente, cheia de lagoas, pântanos  e canais naturais.
Uma elevação de 75 metros de altura, situada nas proximidades da cidade de Bagdá, marca o limite entre ambas.
É exatamente nesse ponto que se aproximam bastante os cursos dos dois famosos rios: o Tigre, que desce das montanhas do Curdistão, e o Eufrates, que procede do Planalto da Anatólia, entrelaçando suas águas através de pântanos , lagos e canais. Afastam-se a seguir, para reencontrarem-se  pouco antes da foz, fundindo-se num só: o Chat-el-Arab (Rio dos Árabes), que se lança no Golfo Pérsico.
Em junho e julho, as águas desses rios avolumam-se, devido à fusão das galerias existentes nas cabeceiras e pelas fortes chuvas que caem nos cursos superiores e transbordam  por sobre a planície, fertilizando-se nas cabeceiras.
Essa rica planície atraiu uma série de povos, que se encontraram  e se misturaram , empreenderam  guerra e dominaram uns aos outros , formando o que denominamos  "civilização mesopotamica". Entre esses povos temos:
1.   Os Sumérios
2.   Os Babilônicos
3.   Os Assírios
4.   Os Caldeus

II – RELAÇÕES SOCIAIS NA MESOPOTÂMIA
A sociedade mesotâmica era dividida em castas. Os sacerdotes, os aristocratas, os militares e os comerciantes formaram castas privilegiada (a minoria). A maioria da população era formada pelos artesões, camponeses e escravos.

III – A RELIGIÃO
Os mesopotâmicos adoravam diversas divindades e acreditavam que elas eram capazes de fazer tanto o bem quanto o mal. Os deuses diferenciavam-se dos homens por serem mais fortes, todo-poderosos e imortais. Cada cidade tinha um deus próprio, e, quando uma alcançava predomínio político sobre as outras, seu deus também se tornava mais cultuado.
No tempo  de Hamurábi, por exemplo, o deus Marduc da Babilônia foi adorado por todo o império.
A divindade feminina mais importante era Ihstar, deusa da natureza e da fecundidade. Os Sumérios consideravam como principal função a desempenhar na vida, o culto a seus deuses e quando interrompiam as orações, deixavam estatuetas de pedra que os representavam  diante dos altares, para rezarem em seu nome.

IV – ORGANIZAÇÃO POLÍTICA
Os pântanos da antiga Suméria (hoje sul do Iraque), foram  o berço  das cidades-estados do mundo. As cidades-estados pertenciam  a um Deus, representado pelo Rei. A autoridade do Rei estendia-se a todas as cidades-estados. Ele era auxiliado por sacerdotes , funcionários e  ministros .
Legislava em nome das divindades, assegurava as práticas religiosas, zelava pela defesa de seus domínios, protegia e regulamentava a economia.
O mais ilustre soberano da Mesopotâmia foi Hamurábi, por volta de 1750 A.C., um Rei Babilônico, que conseguiu conquistar toda a Mesopotâmia . Hamurábi fundou um vasto Império, ao qual impôs a mesma administração e as mesmas leis. Era uma legislação baseada na lei de Talião (Olho por Olho, Dente por Dente, Braço por Braço, etc)
É o famoso código de Hamurábi, o primeiro conjunto e leis escritas da História.

V - A ECONOMIA
A Mesopotâmia manteve sempre permanente contato com os povos vizinhos. Babilônia e Nínive eram ligadas entre si por canais e eram as duas cidades mais importantes. A navegação nos rios Tigre e Eufrates era feita em barcos. As principais atividades econômicas eram a agricultura e o comércio. Os mesopotâmios desenvolveram também a tecelagem, fabricavam armas, jóias e objetos de metal; mantinham escolas profissionais para o aprimoramento de fabricação de armas e cerâmicas.
Os comerciantes andavam em caravanas, levando seus produtos aos países  vizinhos e às regiões mais distantes. Exportavam armas, tecidos de linho, lã e tapetes, além de pedras preciosas e perfumes.
Dessas terras traziam as matérias-primas que faltavam na Mesopotâmia, como o Marfim da Índia, o Cobre de Chipre e a madeira do Líbano.

VI - A CIÊNCIA
Embora a roda do oleiro tivesse sido inventada nos tempos pré-históricos, foram os Sumérios que construíram os primeiros veículos de rodas.
Desenvolvendo os conhecimentos adquiridos pelos Sumérios, os Babilônicos fizeram novas descobertas, como o Calendário e o relógio de Sol.
Os Caldeus, sem dúvida, os mais capazes cientistas de toda a história mesopotâmica, tendo deixado importantes contribuições no campo da astronomia. Os mesopotâmios também conheciam pesos e medidas.
Podemos citar como legado Mesopotâmico:
Devemos aos Mesopotâmicos, vários elementos  de nossa própria civilização, como:
ü  O ano de 12 meses e a semana de 07 dias,
ü  A divisão do dia em 24 horas,
ü  A crença nos horóscopos e os dozes signos do zodíaco,
ü  O habito de fazer o plantio de acordo com as fases da lua,
ü  O círculo de 360 graus,
ü  O processo aritmético da multiplicação.

VII - A ESCRITA
A invenção da escrita é atribuída aos Sumérios.
Eles escreviam na argila mole com o auxílio de pontas de vime. O traço deixado por essas pontas tem a forma de cunha (V), daí o nome de " escrita cuneiforme" .
Com cilindros de barro, os mesopotâmicos faziam seus contratos , enquanto no Egito se usava o papiro.
Em 1986, foi descoberta por arqueólogos, perto de Bagdá, Capital do Iraque, uma das mais antigas bibliotecas do mundo, datada do século X - A.C..
A biblioteca continha cerca de 150.000 tijolos de argila com inscrições sumerianas. A literatura  caracterizava-se pelos poemas religiosos e de aventura.

VIII - A ARQUITETURA
O edifício característico da arquitetura suméria é o zigurate, depois muito copiado pelos povos que se sucederam na região. Era uma construção em forma de torre, composta de sucessivos terraços e encimada por um pequeno templo.
Nas obras arquitetônicas os mesopotâmicos usavam tijolos cozidos (pois a pedra era muito cara) e ladrilhos esmaltados. Preferiam  construir palácios. As habitações de escravos e homens de condições  mais humildes eram às vezes, simples cubos de tijolos crus, revestidos de barro. O telhado era plano e feito com troncos  de palmeira e argila comprimida. As casas simples não tinham janelas e à noite eram iluminadas por lampiões de óleo de gergelim.

IX - A ARTE NA MESOPOTÂMIA – CONCLUSÃO
Para falarmos da arte desta civilização que é um aglomerado de vários povos como os Sumérios, Assírios, Babilônios, Hebreus, Fenícios, Medos, Persas e Hititas, devemos dizer que a Bíblia nos conta dos Tribunais de Justiça entre os Assírios, da Torre de Babel e da faustosa Nínive.
Do cativeiro de 60 anos dos judeus e da conquista de Nabucodonosor. Da sentença de Deus contra a grande prostituta  e das salvas da sua ira, que sete dos seus anjos derramaram sobre as terras do Eufrates. Os profetas Isaías e Jeremias pintaram suas visões terríveis da destruição do mais famoso entre os reinos.
Há pouco mais de um século, toda a ciência Assíria era para nós um livro fechado. Hoje, será possível escrever a história de mais de dois mil anos de Mesopotâmia e pintar os verdadeiros caracteres de seus senhores.
A cólera do Senhor está situada exatamente entre os rios Tigre e Eufrates.
Falar sobre a civilização  nos faz perceber um mistério que envolve todo um povo e uma história.
Esta civilização foi profeticamente condenada a desaparecer. " Ele estenderá a mão contra o Norte e destruirá a Assíria e fará de Nínive uma desolação e a terra árida como um deserto onde tudo se deitará".
A terra entre os dois rios, escondeu durante séculos, palácios, templos e estátuas de reis e deuses. Foi uma civilização rica e cheia de mistérios. Os palácios suspensos , jardins afrodisíacos ornados com tijolos vitrificados e alabastro, leões alados, touros, águia e estatuas gigantescas denominadas de guerreiros de Jeová. Era para nós um livro fechado e a poucos decênios os soberanos assírios nos pareciam lendas e fantasmas.
Somente a Bíblia nos mostrava a verdade desta civilização e não os fatos comprovados que a ciência necessita. Passagens significativas como o Livro dos Mortos, Sodoma e Gomorra, Noé, Moisés, Golias, Guerra de Tróia, a Ilíada e a Odisséia se eram estórias ou lendas, realidade ou fantasia, o que podemos concluir é que nos foi deixado um grande legado em esculturas, escritas, baixo relevo e pintura nas escavações realizadas em 1840.
O povo desta época atingiu um alto nível de desenvolvimento na matemática , astronomia, medicina e nas ciências.
A pintura era subsidiária da escultura e a decoração colorida era um poderoso elemento de complementação das atitudes religiosas.
A pintura tinha ausência das três dimensões , onde ignoravam a profundidade.
Nos baixos relevos, o uso de conchas, mosaicos vitrificados e madrepérolas se sobressaiam nas colunas e muros.
Na música encontram-se instrumentos gravados em pedras e do seu sistema musical nada chegou até nós.
Na decoração a pedra era esculpida em frisos com motivos circulares e as combinações decorativas obtidas com suas disposições variadas, descendem dos motivos  antigos e bizantinos. O gesso entalhado e o estuque, cujo emprego foi amplamente utilizado na Pérsia para revestir as paredes.
A madeira era esculpida e com um sistema de marchetaria encontravam-se nsa portas e sarcófagos.
Na cerâmica os jarros de bronze eram criados com relevos ora lavrados, ora rendilhados com frisos e medalhões em azuis-lazurita, verdes-turquesa, ouro, cinábrios, granadas e rubis.
O vidro era esmaltado, moldado e entalhado na cor vermelha e dourado sobre fundo claro.
O bronze  e o cobre e às vezes o ouro eram muito usados nos utensílios ou para simples enfeite para portas.
Na religião os deuses deram destaques

ü  Anou - deus do Céu
ü  Enki – deus da Terra
ü  Nin-ur-sag – deus da Montanha
ü  Assur – deus Supremo

A relação com os deuses era marcada pela total submissão às suas vontades.

X - MÚSICA E DANÇA
A música na Mesopotâmia, principalmente entre os babilônicos, estava ligada à religião.
Quando os fiéis estavam reunidos, cantavam hinos em louvor dos deuses, com acompanhamento de música. Esses hinos começavam muitas vezes, pelas expressões: " Glória, louvor tal deus; quero cantar os louvores de tal deus", seguindo a enumeração de suas qualidades, de socorro que dele pode esperar o fiel.
Nas cerimônias de penitência, os hinos eram de lamentação: "aí de nós", exclamavam eles, relembrando os sofrimentos de tal ou qual deus ou apiedando-se das desditas que desabam sobre a cidade. Instrumentos sem dúvida de sons surdos, acompanhavam essa recitação e no corpo desses salmos, vê-se o texto interromper-se e as onomatopéias  "ua", "ui", "ua", sucederem-se em toda uma linha. A massa dos fiéis devia interromper a recitação e não retomá-la senão quando todos, em coro tivessem gemido bastante.
A procissão, finalmente, muitas vezes acompanhava as cerimônias religiosas e mesmo as cerimônias civis. Sobre um baixo-relevo assírio do British Museum que representa a tomada da cidade de Madaktu em Elam, a população sai da cidade e se apresenta diante do vencedor, precedida de música, enquanto as mulheres do cortejo batem palmas à oriental para compassar a marcha.
O canto também tinha ligações com a magia.
Há cantos a favor ou contra um nascimento feliz, cantos de amor, de ódio, de guerra, cantos de caça, de evocação dos mortos, cantos para favorecer, entre os viajantes, o estado de transe.
A dança, que é o gesto, o ato reforçado, se apóia em magia sobre leis da semelhança. Ela é mímica, aplica-se a todas as coisas:- há danças para fazer chover, para guerra, de caça, de amor etc.
Danças rituais têm sido representadas em monumentos da Ásia Ocidental, Suméria. Em Thecheme-Ali, perto de Teerã; em Tepe-Sialk, perto de Kashan; em Tepe-Mussian, região de Susa, cacos arcaicos reproduzem filas de mulheres nuas, dando-se as mãos, cabelos ao vento, executando uma dança. Em cilindros-sinetes vêem-se danças no curso dos festins sagrados (tumbas reais de Ur).
Em casos de possessão os serviços religiosos contavam com dançarinos, natores e músicos.


BIBLIOGRAFIA – CONSULTADA e CITADA

GEORGES CONTENAU – A Civilização de Assur e Babilônia
p. 108-110 e 204-205

ENCICLOPÉDIA BARSA – v.9 – p. 167-169

SISTEMA BRASILEIRO DE CONSULTA (SIBRAC) – v.4, p.1775

PILETTI, N. & PILETTI, C. – História E Vida - v.3, p. 33-38