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segunda-feira, 25 de abril de 2011

A sociedade Nasca

INTRODUÇÃO

Ao decorrer deste trabalho, falaremos sobre alguns aspectos de uma cultura que floresceu em uma região inóspita e que graças a tecnologia que desenvolveram, conseguiram sobreviver.
Por meio de uma pesquisa cabal em variadas fontes, buscamos ressaltar pontos importantes sobre a cultura Nasca, como sua arte, religião e forma de organização.
Esperamos que o presente trabalho, possa servir de base para uma mínima compreensão dessa maravilhosa cultura, que ainda hoje intriga e encanta vários estudiosos.


Conhecendo a Sociedade NASCA

A cultura Nasca floresceu no Peru entre o período de 200 a.C. a 700 d.C. na região dos vales que cortam a árida costa sul do pais
Os Nasca emergiram de cultura anterior conhecida como paracas , onde os mesmos se desenvolveram na fase final da precedente cultura paracas. Essa sociedade precoce leva seu nome da penísula paracas que se projeta no pacífico da costa norte da região Nazca.
Apesar de ter sido descoberta na península paracas , o quadro mais completo dessa cultura vem do interior, em locais situados nos vales Ica, Pisco e Palpa. No vale Ica objetos paracas são considerados pertencentes ao estilo ocucaje, (lugarejo agrícola de Ica) e foi dessa manifestação da cultura paracas que se acredita que a civilização Nasca se desenvolveu .
Clima e economia
Devido a instabilidade climática os Nasca tenderam a ser uma sociedade semi-nômade.
A região costeira do Sul do Peru e do norte do Chile é um dos lugares mais seco do planeta. Na protegida bacia em que surgiu a cultura Nasca, dez rios desciam dos Andes, a leste, e a maioria secava por boa parte do ano.
Essas dez frágeis linhas verdes cercadas por mil matizes de marrom eram um fértil viveiro para a emergência de uma civilização antiga, como foram também o delta do Nilo e os rios da mesopotâmia. “Era um lugar perfeito para uma sociedade se fixar, pois tinha água” citado por Bernhard Eitel, do projeto Nasca-Palpa.
Mas era um ambiente de alto risco pois havia uma alta pressão sobre a América do sul chamado “Alta da Bolívia” se desloca para o norte, chove mais nas encostas ocidentais da cordilheiras dos Andes. Quando a alta vai para o sul, a precipitação diminui e os rios nos vales de Nasca secam.
Apesar de viverem em uma região de risco (no deserto de Nazca ),conseguiram sobreviver graças a um engenhoso sistema hidráulico, conhecido como puquios, que permitia a irrigação das áreas áridas, favorecendo o cultivo de vegetais, como algodão, feijão, tubérculos, lacuma(fruta) e um tipo de milho de milho de espiga curta.
Como a maior parte das sociedades da época, a agricultura tinha grande importância para a manutenção da sociedade Nasca.
Um ponto importante a ser destacado é a tecnologia usada nessa sociedade, no que diz respeito ao sistema de irrigação, os primeiros engenheiros nascas desenvolveram um sistema de poços horizontais abastecidos com o líquido que desce dos contrafortes andinos permitia às sociedades trazer águas subterrâneas à superfície .
Esse sistema de irrigação ainda abastecem os vales meridionais.
Um outro fator é que os aquedutos subterrâneos minimizavam a evaporação da água.

DIFICULDADE DOS ARQUEÓLOGOS

Um dos assuntos dos arqueólogos em estabelecer uma cronologia confiável para o desenvolvimento da cultura Nasca.
Por diferentes motivos, especialmente a falta de material confiável sobre os locais de habitação que podem ser sujeitos a data por radiocarbono,algumas das fases não são distintas e ás vezes se sobrepõem.
Período Nasca
  1. 150 a.C-100d.C
  2. 100-200d.C
  3. 200-400d.C- vai ser o auge da cultura Nasca.
  4. 400-500dC.
  5. Aproxidamente525d.C
  6. 600-900 d.C.
  7. 576-696 d.C.
  8. 830-1000 d.C.
  9. 1000 – 1300 d.C.
    PROJETO NASCA
    O Projeto Nasca se baseou especialmente nas escavações realizadas em Cahuachi, um centro cerimonial situado a ao sul da cidade de Nasca e a margem esquerda do rio que leva o mesmo nome, que desapareceu no 1000 da nossa era por causa de uma inundação.
    As investigações neste centro cerimonial, considerado o maior do mundo, com 24km, permitiram a descoberta de templos e sistemas funerários que forneceram provas sobre como eram os enterros dos Nasca.
    A Pirâmide de Cahuachi, de 102 metros de comprimentos que foi aberta ao publico.
    Entre as construções mais antigas encontradas, está um templo do ano de 4282 a.C., onde estão os restos da parte superior de uma mulher sacrificada.
    A equipe de arqueólogos do Projeto Nasca também encontrou um depósito com mais de 200 tecidos, alguns deles pintados com representações de mitos desconhecidos até agora relacionados com aves que comem frutos, peixes e homens.
    Um grupo de especialistas está trabalhando há mais de quatro anos na abertura destes tecidos, alguns deles com quase quatro metros de comprimentos.
    Outros traços deixados pelos Nasca foram os aquedutos, que demonstra seu grande conhecimento da engenharia hidráulica assim como seu temor pela falta de água na região.
    O Projéto Nasca no qual trabalharam 60 especialistas peruanos e estrangeiros,visavam revitalizar o centro cerimonial de Cahuachi, visando o turismo.
Enterros Funerais

Um dos aspectos comuns da cultura pré-Inca e Inca é a criação de civilizações em lugares inóspitos, como as montanhas inacessíveis dos Andes ou viver no meio do deserto.
A esquecida Cultura de Nasca foi descoberta nas areias do Deserto de Nasca e trazida a luz tanto pelos ladrões de sepulturas como pelos arqueólogos.
Até 1997, os visitantes encontravam esqueletos, caveiras, cerâmicas e artefatos simplesmente largados no sol.
Nazca - Cemitério Chauchilla
Nazca não possui apenas as famosas “Linhas” que você acompanhará no próximo post mas encontrará o famoso Cemitério Chauchilla.
Situadas nos arredores da rodovia Panamericana, a aproximadamente 22 Km ao norte da cidade é ali que a Cultura Nazca floresceu no Peru entre 200 AC a 800 DC.
Neste espantoso Cemitério de Chauchilla, corpos dos antigos habitantes de Nasca foram preservados por mumificação natural, devido ao clima árido. Lá chove 5 minutos por ano!
Através de seu hábito de enterrar sua gente, esta Cultura deixou-nos múmias, cerâmicas, tecidos coloridos, caveiras e artefatos, praticamente intocados.
A população pobre aproveitava-se disto para ganhar algum dinheiro extra, vendendo tecidos que atingiam no mercado cerca de U$ 20.000,00 dólares (por aí você calcula porque haviam tantos saques.