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sexta-feira, 24 de junho de 2011

ABORDAGEM DOS CAPÍTULOS VIII A VIV DE O PRÍNCIPE DE MAQUIAVEL

O presente trabalho tem como foco principal, abordar os capítulos VIII, a, XIV, da magnifica obra de Nicolau Maquiavel, que tem por titulo “O Príncipe.” Sua obra é destinada não somente a Lorenzo de Medici, mas a todos os príncipes, reis, governadores e magistrados de todas as épocas da existência da história escrita.
Sua excelente obra tem como propósito mostrar o que é fundamental para um líder ser bem sucedido em administrar seu país ou Estado, e tenha qualificação, administração e que comande com firmeza e determinação seus subordinados.
Ele explica detalhadamente a forma ideal para que esses possam se manter no poder através das alianças, negociações e acordos políticos, relação entre Estado e o povo, política interna e externa, corrupção, nepotismo e favorecimento.
SUA BIOGRAFIA
Nascido na cidade de Florença em 03 de maio de 1469, aos 12 anos já no melhor estilo e, em latim. Casou-se em 1502, com Marietta Di Luigi Corsini, com tivera quatro filhos e duas filhas.
Seu primeiro cargo na vida publica deu-se em 1498, quando ocupou o cargo de a segunda cancelaria, ou seja, burocrata de 1º escalão, seu titulo, secretário. Cumpriu varias missões, tanto fora da Itália como internamente destacando sua diligencia em instituir uma milícia nacional.
Sua morte ocorreu em 20 de junho de 1527. Numa Itália “esplendorosa mais infeliz” Seu pai, advogado e como um típico renascentista era um estudioso das humanidades, tendo se empenhado em transmitir uma aprimorada educação a esse gênio e talentoso Nicolau Maquiavel.
Sua obra escrita em 1513 foi e é considerada com um manual de regra a ser observado pelo poder constituído em cada nação, reino ou território, onde possa existir um poder centralizador que conduza à sociedade as transformações necessárias para o desenvolvimento.
CAPITULO VIII
Os que com os atos criminosos chegaram ao governo de um estado.
Segundo Maquiavel, existem duas maneiras de alguém torna-se príncipe: através de atos criminosos ou pela conquista da simpatia de seus concidadãos.
A via criminosa: “não se pode chamar de virtude o ato de matar cidadãos, trair amigos de fé, nem piedade, nem religião, deste modo pode se considerar poder, mais não a gloria” Maquiavel cita o exemplo de Agátocles, o Siciliano, chegou a ser rei de Siracusa tendo começado em situação das mais baixas e abjetas, teve sempre vida criminosa em todas as idades, mais que devido o seu vigor, tendo ingressado na milícia galgou todos os degraus, chegando a pretor, comandante supremo do exercito da Siracusa.
Agátocles chega ao poder através de uma forma violenta, mandando assassinar os senadores e as pessoas mais ricas, depois disso se mantem o poder sem qualquer oposição, por isso não se pode se chamar de sorte ou valor o que se consegue dessa forma.
Para Maquiavel, se consideramos o valor demonstrado por Agáclotes em enfrentar e superar perigos, e sua firmeza de animo ao suportar e vencer os obstáculos, não há razão para julga-lo inferior a qualquer um dos capitães mais afamados. Não obstante sua crueldade barbara, não permitem nomeá-lo entre os grandes homens.
Outro que alcançou o poder de forma vil foi Oliverotto de fermo, órfão desde pequeno, criado por seu tio Giovanni Forgliani, que o designou para servir como soldado, para que treinado numa disciplina rigorosa, pudesse fazer uma boa carreira militar.
O que se percebe é a degradação de Oliverrotto, que busca o poder por meio da manutenção devastadora, da violência que culmina na eliminação do seu próprio tio e os demais que participavam do banquete em sua homenagem, por meio dessa escalada tornou-se soberano, e como estavam mortos os que poderiam prejudica-lo, consolidou-se com uma nova organização civil e militar de tal forma que não só estava seguro na cidade de Fermo, mas era temido por seus vizinhos.
Neste caso, Maquiavel dirá que existem as crueldades mal usadas e bem usadas; as bens usadas “se do mal é licito falar bem” são aquelas que são feitas de uma só vez que provem da necessidade de segurança do príncipe, e por fim convertem em segurança para os súditos. O bem deve ser feito aos poucos para que possa ser lembrado. Há aqueles que fazem o uso da força para se legitimarem e aos poucos vão dosando com medidas benéficas, outros iniciam com processos violentos e aumentam ainda mais o nível de crueldade.
O uso da violência deve restringir-se a alguns momentos para que as pessoas não sintam tanto os seus efeitos.
CAPITUO IX O GOVERNO CIVIL
O governo civil é caracterizado pelo alcance do poder por duas vertentes: 1º que o cidadão se torna príncipe com ajuda do povo, 2 º com ajuda dos poderosos. Os ricos podem aclamar um dos seus com príncipe para resistir à pressão da massa. Da mesma forma o povo pode exaltar um dos seus para proteger-se da opressão da nobreza. O apoio popular garante permanecia no poder.
Segundo Maquiavel, os objetivos populares são sempre mais honestos, pois enquanto a nobreza age de forma opressiva, o povo simplesmente deseja evitar esse tipo de tratamento.
Para o autor a nobreza apresenta duas categorias, aqueles que apoiam sob qualquer condição o seu soberano, e outros que só pensam em seus próprios interesses. Desses o príncipe deve ter cautela.
Cativar e manter a estima do povo é a tarefa de um príncipe, pois se chegou a essa posição foi porque recebeu o apoio das massas e a única coisa que realmente querem, é não serem oprimidas. Os que alcançam o poder com ajuda da aristocracia, indo contra a vontade do povo, deve buscar meios de conquistar o mesmo. Em vez de opressão, deve dar-lhe proteção.
Maquiavel é enfático em afirmar que o apoio popular ao príncipe é essencial para as possíveis adversidades que poderá acontecer durante seu governo.
A utilização de comando por meio de autoridade subordinadas coloca o poder do príncipe em perigo. É necessário que um príncipe saiba fazer com que seus súditos sempre necessitem do seu governo, isso garante sua fidelidade.
CAPITULO X – COMO AVALIAR A FORÇA DOS ESTADOS
Neste capitulo é colocado que há Estados que por possuírem abundância de dinheiro e homens (exército) têm forças suficientes para resistir a qualquer ataque. Outras devido à falta de recursos vivem em uma posição defensiva. A fortificação das cidades e o apoio dos súditos asseguram certa tranquilidade.
Como exemplo cita as cidades da Alemanha onde a fortificação aliada ao apoio do imperador garante a segurança do Estado.
Conclui que quando se é senhor de uma cidade poderosa e não se faz odiar, não poderá ser atacado, ainda que o fosse, o assaltante não sairia gloriosamente da empreitada. (Pág. 62).
Fundamental para se garantir a força do Estado é possuir provisões e meios para se defender.
CAPITULO XI – OS ESTADOS ECLESIÁSTICOS
Nesta parte do texto fica evidente que os Estados eclesiásticos (propriedade da igreja) são mantidos e respeitados por costumes religiosos. Por não poderem ser tomados, Maquiavel coloca que “somente esses Estados, portanto, são seguros e felizes” (Pag. 64)
O poder temporal é discutido neste capitulo. Nele vemos que Alexandre VI é um símbolo de como dominar. Aproximou-se dos bens do duque Valentino após a sua morte, alcançando engrandecimento significativo.
CAPITULO XII
OS DIFERNETES TIPOS DE MILICIA E DE TROPAS MECENARIAS
Para Maquiavel, os principais fundamentos que um Estado deve ter são: boas leis e bons exércitos que se tornará um alicerce para seu poder, as tropas com que o príncipe defende seus domínios podem ser próprias (exército), ou mercenárias.
Os mercenários são perigosos, pois são ambiciosos e covardes e quando precisarem do seu apoio certamente fugirá. “Observa-se por experiência, que somente os príncipes e as republicas armadas fazem grandes progressos e os exércitos mercenários só causam danos” não temem a Deus e nem a lei dos homens. Maquiavel cita a ruína de a Itália ter apoiado muitos anos os exércitos mercenários, os sistemas adotados pelos mercenários consistia, primeiramente em aumentar seu prestigio pessoal desacreditando a infantaria. Reduziam as coisas a tal estado que num exercito de 20. Mil homens não havia mais que dois mil infantes. Tudo isso era permitido pelo seu código de mercenários, para evitar perigos e dificuldades, e por esses motivos reduziram a Itália à degradação e à servidão.
CAPITUO XIII – FORÇAS AUXILIARES, MISTAS E NACIONAIS.
Os exércitos auxiliares são mais perigosos que os mercenários, elas podem ser em si mesma eficaz, mas são sempre perigosas para os que dela valem- se são vencidas, isso representa uma derrota; se vencem, aprisionam quem as utiliza.
Portanto um príncipe sempre fugiu desse exército e se voltou aos seus, preferindo perder com os seus a vencer com os outros, não jugando verdadeira a vitória conquistada com exército alheio.
Um príncipe para ser bem sucedido, deve cuidar bem do seu exercito para que possa ganhar a confiança dos homens e do povo, manter os soldados organizados, mesmo não havendo guerras, sempre com estratégias para evitar surpresas vindouras se houverem.
CAPITULO XIV OS DEVERES DO PRINCIPE PARA COM AS MILICIAS
Neste capítulo, Maquiavel mostra que os príncipes por conseguintes, não deveriam ter outro objetivo ou pensamento além da guerra, suas leis e suas disciplinas, pois esta é a única arte que se espera de quem comanda.
Segundo ele, os príncipes nunca devem permitir, portanto que seus pensamentos se afastem dos exércitos bélicos que devem praticar na paz, mais ainda que na guerra, de duas formas; pela ação física e pelo estudo, calçar para que se habitue à região que esta sob seu domínio, estudar as ações vitoriosas ou desastrosas de outros homens para não errar quanto a suas. Maquiavel disserta sobre várias possibilidades de grandezas dos príncipes ou de quem, quer que esteja no poder.
Maquiavel “A ambição é uma paixão tão forte no coração do ser humano, que, mesmo que galguemos as mais altas posições, nunca nos sentimos satisfeitos”.

Um comentário:

  1. Seu Post é de muita reflexão sobre a Obra de Maquiavel e destaco algo que penso ser muito interessante a exemplo de: "O governo civil é caracterizado pelo alcance do poder por duas vertentes: 1º que o cidadão se torna príncipe com ajuda do povo, 2 º com ajuda dos poderosos. Os ricos podem aclamar um dos seus com príncipe para resistir à pressão da massa. Da mesma forma o povo pode exaltar um dos seus para proteger-se da opressão da nobreza. O apoio popular garante permanecia no poder.
    Segundo Maquiavel, os objetivos populares são sempre mais honestos, pois enquanto a nobreza age de forma opressiva, o povo simplesmente deseja evitar esse tipo de tratamento.
    Para o autor a nobreza apresenta duas categorias, aqueles que apoiam sob qualquer condição o seu soberano, e outros que só pensam em seus próprios interesses. Desses o príncipe deve ter cautela.
    Cativar e manter a estima do povo é a tarefa de um príncipe, pois se chegou a essa posição foi porque recebeu o apoio das massas e a única coisa que realmente querem, é não serem oprimidas. Os que alcançam o poder com ajuda da aristocracia, indo contra a vontade do povo, deve buscar meios de conquistar o mesmo. Em vez de opressão, deve dar-lhe proteção."

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